quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Hipertensão: Mitos e Verdades

Só é recomendado a medição de pressão a partir dos 15 anos.

 
MITO. Atualmente, considera-se obrigatória a medida da pressão arterial a partir dos três anos de idade, anualmente, ou antes dessa idade, quando a criança apresentar antecedentes neonatais, doenças renais, ou fatores de risco familiares.
A medida considerada normal para esse grupo é diferente da dos adultos.

VERDADE. A pressão média na infância costuma ser de 70 por 40 e vai aumentando com o crescimento até chegar a 120 por 80 na vida adulta. Na infância e adolescência têm-se como pressão arterial normal valores de medida abaixo de 90, tanto para pressão sistólica como para a diastólica. Números entre 90 e 95 estão inseridos na faixa normal limítrofe, e acima de 95 definem o diagnóstico de hipertensão arterial se confirmados em três ocasiões diferentes.
Maus hábitos atingem em cheio a saúde dos jovens.
VERDADE. Os relatos clínicos demonstram importante associação entre excesso de peso e pressão elevada principalmente nos adolescentes. A ingestão de álcool, o uso de drogas (particularmente a cocaína) e a utilização de anabolizantes e anticoncepcionais orais devem ser considerados como possíveis causas de hipertensão arterial nessa faixa etária.
Considera-se hipertensão na gravidez quando o nível da pressão arterial for maior ou igual a 140/90 mmHg.
VERDADE. Mas há parâmetros específicos para estabelecer a gravidade do mal com base na variação das pressões sistólica e diastólica.
A pré-eclâmpsia é a principal causa de morte materna no Brasi
l.
VERDADE. A incidência em nosso país é de cerca de 10%, segundo o Consenso Brasileiro de Cardiopatia e Gravidez. Mas a causa desta manifestação permanece desconhecida.
RAÇA NEGRA

Ao corrência da hipertensão em indivíduos negros é mais elevada que na população em geral.
VERDADE. E também se manifesta com maior gravidade. Além disso, o controle é mais difícil, devido a fatores genéticos.
MULHERES

Elas são candidatas naturais à hipertensão na menopausa pela perda da produção do hormônio estrógeno.
PROVAVELMENTE. É possível que a produção natural dos hormônios femininos influencie. Quando cessa essa produção, na menopausa, o problema é agravado. Entretanto, a reposição artificial dos hormônios não se tem mostrado capaz de reduzir a morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares nas mulheres submetidas ao tratamento de reposição hormonal.
A utilização de anticoncepcionais orais deve ser evitada por mulheres com mais de 35 anos e por obesas
.
VERDADE. Embora não haja uma contra-indicação formal, os consensos brasileiros de hipertensão recomendam a suspensão, devido ao maior risco desse grupo desenvolver o distúrbio.
O ginecologista só deve se preocupar com o exame feminino de rotina
.
MITO. A consulta ginecológica deve incluir obrigatoriamente a medida da pressão arterial, especialmente nas pacientes que utilizam contraceptivo hormonal. Se for diagnosticada efetivamente a doença, o anticoncepcional oral deve ser imediatamente suspenso.

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